Quem achava que a primeira partida entre Austrália e França pela final da Copa Davis 2001 seria um passeio para os donos da casa na quadra de grama da Rod Laver Arena, em Melbourne, teve uma surpresa na noite desta quinta-feira. A platéia de 15 mil fanáticos torcedores aussies que lotou o estádio assistiu atônita à espetacular vitória de Nicolas Escude sobre Lleyton Hewitt, o número 1 do tênis mundial, no confronto de abertura da final. Melhorando a cada game em quadra e errando cada vez menos ao longo da partida, Escude fez 3 sets a 2 sobre Hewitt, de virada, com parciais de 4/6, 6/3, 3/6, 6/3 e 6/4 – o francês já havia vencido o australiano este ano, no Torneio de Wimbledon, também disputado na grama. Aos 20 anos, o campeão do Aberto dos Estados Unidos e da Masters Cup pode mais uma vez ser campeão da Copa Davis sem vencer – no título australiano por 3 a 2 sobre a mesma França, em 1999, Hewitt perdeu as duas partidas de simples (para Cedric Pioline e Sebastien Grosjean). Na partida seguinte, a Austrália deu o troco e empatou o placar em 1 a 1 com a vitória de Patrick Rafter (foto) sobre Sebastien Grosjean por 3 sets a 0, parciais de 6/3, 7/6 (8/6) e 7/5. Há duas semanas, o francês derrotara o australiano na fase classificatória da Masters Cup, em Sydney. Rafter deu o troco e conquistou, de quebra, sua primeira vitória em uma final de Copa Davis. Aos 28 anos, o herói aussie anunciou que pretende abandonar o tênis se conseguir realizar seu maior sonho – ser campeão da competição entre países mais importante do tênis mundial.